Nossa Missão







A MISSÃO DO SETOR DIOCESANO DA JUVENTUDE

  • Ser expressão eclesial e social da diversidade juvenil;
  • Fortalecer e ampliar a ação evangelizadora da Igreja;
  • Favorecer a integração e o diálogo entre os segmentos juvenis da diocese;

Propor algumas diretrizes, metas, prioridades e atividades comuns para a evangelização, considerando as necessidades de cada realidade diocesana e as especificidades de cada segmento juvenil.

1 - Setor Juventude como suporte na Evangelização juvenil na Diocese:

A reflexão sobre o Setor Juventude possibilita que a Igreja Diocesana avalie seu diálogo com os/as jovens, bem como a visão de juventude que tem norteado a ação diocesana. Se as lideranças têm uma visão negativa da juventude, se não acreditam no potencial juvenil é pouco provável que as iniciativas sejam bem sucedidas. Para uma boa ação evangelizadora com a juventude, é fundamental reconhecer que Deus também fala ao mundo e à Igreja através dos jovens. “A evangelização da Igreja precisa mostrar aos jovens a beleza e a sacralidade da sua juventude, o dinamismo que ela comporta o compromisso que daqui emana, assim como a ameaça do pecado, da tentação do egoísmo, do ter e do poder” (doc. 85, 80). “O jovem é evangelizador privilegiado de outros jovens” (doc. 85, 62) e, por isso, Jesus Cristo deve ser apresentado como aquele que “caminha com o jovem, como caminhava com os discípulos de Emaús, escutando, dialogando e orientando” (doc. 85, 54). Segundo o Documento “Evangelização da juventude”, uma das principais atribuições do Setor Juventude é estabelecer algumas linhas pastorais comuns para os diversos segmentos juvenis atuantes na diocese. “Tanto as pastorais como os movimentos, novas comunidades e congregações religiosas precisam se conhecer mutuamente e, juntos, encontrar seu lugar na Pastoral de Conjunto da Igreja local, em comunhão com as orientações específicas do Bispo Diocesano”(doc. 85, 195). O Setor Juventude Diocesano, nesta perspectiva, não é uma “superorganização” para promover muitos eventos e atividades, mas a unidade de todas as forças ao redor de algumas metas e prioridades comuns para a evangelização juvenil. Dito isto, cabe distinguir o que é essencial e o que é secundário nas várias experiências de evangelização da juventude. Por essencial entendemos os elementos constitutivos da evangelização, aqueles que caracterizam a vida cristã; secundárias são as opções que caracterizam o segmento e o diferenciam de outras experiências. Na tradição latino-americana pós Medellín, fundamental na evangelização é o seguimento de Jesus Cristo em vista do Reino por ele anunciado. Para a Igreja do Brasil, o que é essencial na evangelização está expresso no objetivo geral das Diretrizes da Ação Evangelizadora (2008-2011):
EVANGELIZAR a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando da construção de uma sociedade justa e solidária, “para que todos tenham Vida e a tenham em abundância”. (Jo 10,10).

Para os bispos do Brasil, estas orientações expressam o que é a ação evangelizadora. A metodologia para concretizá-la fica em aberto, mas estão definidos todos os elementos essenciais na evangelização: partir do encontro com Jesus Cristo como discípulo missionário; à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, tendo como foco a dignidade da pessoa, a renovação da comunidade e a participação na construção de uma sociedade justa e solidária para chegar ao fim que é a garantia da vida em abundância para todos. Caberá ao Setor Juventude da diocese definir suas diretrizes e ações comuns a partir deste objetivo, contribuindo para que cada segmento juvenil possa assumir as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O Documento de Aparecida, iluminando o processo de formação dos discípulos missionários, traz cinco aspectos que ajudam a entender como os jovens caminham no discipulado e seguimento de Jesus: O Encontro com Jesus Cristo, a Conversão, o Discipulado, a Comunhão e a Missão. Compreender a relação destes aspectos com a caminhada de fé dos jovens é fundamental para que o Setor se torne um suporte para a evangelização na diocese, ajudando os diversos segmentos a ampliar sua ação evangelizadora e favorecer o discipulado juvenil. Considerando que os bispos da América Latina e Caribe, reunidos em Aparecida, enfatizaram a importância da vida comunitária o Setor Juventude Diocesano deve, então, atuar num movimento de mão dupla: favorecer a integração dos grupos juvenis à igreja/comunidade e, por outro lado, ajudar a Igreja/comunidade a se tornar espaço acolhedor para os/as jovens. Também é necessário pensar como o Setor poderá dialogar com os outros organismos eclesiais – Conselhos, outras pastorais... – e se articular com organizações juvenis de caráter não eclesial – ONG’s, grupos culturais... Essas organizações podem contribuir para que a ação evangelizadora contemple as várias dimensões da vida dos jovens e responda à pluralidade e dinamismo da juventude.

2 - Orientações práticas para o funcionamento do Setor Juventude na Diocese:

A responsabilidade primeira de convocação dos segmentos juvenis para articulação do Setor Juventude é do bispo, juntamente com o Conselho Diocesano de Pastoral. A pessoa de referência para a evangelização juvenil na diocese convoca, coordena e anima a equipe responsável pela articulação do Setor Juventude, em nome do bispo diocesano. Reafirmando que não há receita, a CNBB sugere alguns passos para ajudar a diocese a articular seu Setor Juventude:
a) Fazer levantamento de todos os segmentos juvenis existentes na diocese, bem como das pessoas diretamente responsáveis por cada um deles.

b) Convocar as lideranças engajadas na evangelização da juventude a contribuir no processo de articulação.

c) Indicar e liberar pessoas para acompanhar o processo até que o próprio grupo defina sua forma e espaços de atuação como Setor Juventude.

d) Realizar reuniões e encontros com lideranças que respondem por estes segmentos. Nestas reuniões ou encontros:
  • Criar espaços para que cada segmento apresente sua identidade, metodologia de trabalho, atividades realizadas, opções pedagógico-pastorais, paróquias ou espaços eclesiais onde está presente, jovens envolvidos no trabalho, dificuldades enfrentadas, limites percebidos... Estes espaços são privilegiados para que os segmentos juvenis se conheçam reciprocamente e superem os preconceitos e estereótipos que nutrem em relação uns aos outros.
  • Propiciar tempo de estudo, reflexão e discussão sobre o fenômeno juvenil e sobre as orientações da CNBB para a evangelização, com assessoria capacitada para abordar a pluralidade e especificidade da juventude.
  • Possibilitar a socialização e troca de subsídios, material utilizado na formação, participação em eventos promovidos pelos diversos segmentos.
  • Discutir diretrizes comuns e estratégias para superar limites e enfrentar desafios.

e) Definir com o grupo a estrutura e papel do Setor Juventude na diocese:
  • Qual será a composição?
  • Quantos representantes por segmento juvenil?
  • Que organograma é mais adequado à realidade diocesana?
  • Quem coordena?
  • Por quanto tempo?
  • Qual a função de cada representante no Setor?
  • Que metas e atividades podem ser assumidas em comum?
  • Qual seria um calendário mínimo de reuniões e atividades?

f) Discutir os aspectos práticos do trabalho do Setor:
  • Infra-estrutura: local, telefone, computador...?
  • Pessoas de referência no Setor e para cada organização de juventude?
  • Recursos financeiros para material didático, reuniões, outras atividades...?

g) Definir a equipe de assessoria e acompanhamento do Setor, com representantes indicados pelos diferentes segmentos juvenis.

3 - Princípios fundamentais para a organização do Setor Diocesano da Juventude:

Motivação, ao invés de imposição: a busca de diálogo com os diversos segmentos, ao invés de impor a criação do Setor. Tal atitude abre mais possibilidades de sucesso na articulação e integração entre eles.

Abertura à diferença: o pluralismo de carismas e metodologias, vivido na unidade, fortalece a ação evangelizadora. As diferenças entre as experiências contribuem para o crescimento de cada uma.

Respeito ao específico de cada experiência: os carismas próprios de cada experiência devem ser respeitados e considerados em suas riquezas e limites.

Postura dialógica em todo o processo: para cumprir seu objetivo de favorecer a comunhão e a unidade, o Setor deve constituir-se como espaço de diálogo entre jovens e adultos, leigos e clero, pastorais e movimentos.

Protagonismo juvenil: o formato do Setor Juventude deve ser dado pelos/as jovens, num processo que considere a experiência evangelizadora deles/as e as necessidades próprias da realidade diocesana.

Eclesiologia de comunhão e participação: a participação no Setor deve fortalecer o sentido de pertença eclesial e de co-responsabilidade sobre a missão evangelizadora da Igreja. Se os jovens se reconhecem como fundamentais dentro desse processo, sentem-se motivados a ser protagonistas na Igreja e no mundo.

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